Maria Sobral Mendonça
Desde o início dos tempos que a grande ambição da Humanidade é descobrir o Mundo e nele, demarcar como sua pertença: territórios conquistados. Desde que o tempo é tempo, os homens sempre utilizaram as cores como simbologia de comunicação e linguagem entre os povos. Cada pigmento tinha o seu próprio significado. Tinha e tem. As cores sempre representaram estados de Alma e tensões sociais. As tribos identificavam-se pelas cores com que pintavam as máscaras e o corpo que ora em estado de euforia, alegria ou tensão, serviram sempre na história das Nações o grande veículo de expressão. Criadas as máscaras que colocavam no rosto as comunidades serviam-se delas, para se reconhecerem num campo de batalha. As máscaras, os fatos e as bandeiras que em rituais próprios fazem sublimar o medo dos homens para avançarem em campos de batalha, são ainda hoje, só que duma forma mais sofisticada: motivadores da violência. Os fatos camuflados ou outras vestes que a humanidade exibe em tempo de guerra, são estratégia ancestral de defesa corporal para ataque e defesa dos territórios, que não representam mais do que verdadeiros estados psicológicos inerentes ao universo da discórdia. Atrás de cada rosto, existem muitas outras máscaras que pintadas em “tons de medo” destroem na terra jardins, pessoas inocentes e lugares que antes deveriam ser guardados e preservados como terreno sagrado do grande universo que a todos ainda nos alberga no seu mais extenso manto azul dos Céus. A Guerra é um lugar vazio! Lugar onde as mãos da Humanidade são pintadas apressadamente de várias cores para esconder todos os medos que vencidos ou perdidos, são ausentes de cores sem esperança nem futuro. Perguntar a uma pintora quais são as cores do Medo… é de imediato pensar que as cores não se guerreiam: comungam entre elas. Porque a guerra cobre-se de todas as cores que fazem perder a esperança de pudermos mudar o Mundo. A Guerra é o maior abismo da Humanidade. Reflexo de nós próprios. Pintura e ritual que ainda hoje a humanidade teima em vestir esse ingrato gesto irracional: A Guerra! Guerra…Pintada a “vermelho carmim” que conduzirá sempre a “preto e branco”: A Humanidade à Morte. Às cores do nosso indesejável fim.
O aluno Manuel Saraiva e a Vereação da Cultura do Fundão sob a direcção do espaço “A Moagem,” irão realizar o projecto a “Geopolítica da Guerra” sob o título “Os Mapas de Guerra: As Máscaras do Medo”, trazendo ao público uma exposição multidisciplinar em que as tensões sociais do próprio tema, são representados através do cinema, pintura, artesanato histórico, música, teatro, fotografia, uma palestra com a participação de um Jornalista repórter de guerra e um Fórum de debate e reflexão, culminando no final com um espectáculo de dança onde os corpos tombam no lugar mais vazio do Mundo: A Guerra!
O aluno Manuel Saraiva e a Vereação da Cultura do Fundão sob a direcção do espaço “A Moagem,” irão realizar o projecto a “Geopolítica da Guerra” sob o título “Os Mapas de Guerra: As Máscaras do Medo”, trazendo ao público uma exposição multidisciplinar em que as tensões sociais do próprio tema, são representados através do cinema, pintura, artesanato histórico, música, teatro, fotografia, uma palestra com a participação de um Jornalista repórter de guerra e um Fórum de debate e reflexão, culminando no final com um espectáculo de dança onde os corpos tombam no lugar mais vazio do Mundo: A Guerra!
Maria Sobral Mendonça
Artista Plástica
Artista Plástica
Sem comentários:
Enviar um comentário